quarta-feira, 14 de setembro de 2011

9ª FESTA DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO




Participem dessa festa tão bonita!...contamos com a presença de todos


São Cosme e Damião, que por amor a Deus e ao próximo vos dedicastes à cura do corpo e da alma de vossos semelhantes, abençoai os médicos e farmacêuticos, medicai o meu corpo na doença e fortalecei a minha alma contra a superstição e todas as práticas do mal.
Que vossa inocência e simplicidade acompanhem e protejam todas as nossas crianças. Que a alegria da consciência tranqüila, que sempre vos acompanhou, repouse também em meu coração. Que a vossa proteção conserve meu coração simples e sincero, para que sirvam também para mim as palavras de Jesus: "Deixai vir a mim os pequeninos, porque deles é o Reino do Céu".
 São Cosme e Damião rogai por nós. 
Amém. 

27 de Setembro dia de São Cosme e São Damião

Setembro,chegou o mês de Cosme e Damião, mês das balas, doces, bonecas e carrinhos, mês dos Erês!


São Cosme e Damião, os santos gêmeos, nasceram na Arábia, no século III, filhos de uma família nobre. Estudaram medicina na Síria e depois foram praticá-la em Egéia. Circunstancialmente entraram em contato com o Cristianismo, tornando-se fervorosos seguidores do cristianismo.
Confiando sempre no poder da oração e na confiança da providência divina usaram sua arte médica para curar os necessitados. Não cobravam por seus serviços médicos, e por esse motivo eram chamados de "anárgiros", ou seja, aqueles que "não são comprados por dinheiro". O seu objetivo principal era a conversão dos pagãos à fé cristã, o que bem faziam através da prática da medicina. Desta forma, conseguiram plantar em terra fértil a semente cristã em muitos corações, sendo numerosas as conversões.
Cosme e Damião viveram alguns anos como médicos e missionários na Ásia Menor. As atividades cristãs dos médicos gêmeos chamaram a atenção das autoridades locais da época, justamente quando o Imperador romano, Diocleciano, autoriza a perseguição aos cristãos, por volta do ano 300. Por pregarem o cristianismo em detrimento dos deuses pagãos, foram presos e levados a tribunal e acusados de se entregarem à prática de feitiçarias e de usar meios diabólicos para disfarçar as curas que realizavam. Ao serem questionados quanto as suas atividades, São Cosme e São Damião responderam: "Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo seu poder". Recusando-se adorar os deuses pagãos, apesar das ameaças de serem torturados, disseram ao governador que os seus deuses pagãos não tinham poder algum sobre eles, e que eles só adorariam o Deus Único, Criador do Céu e da Terra“!
Por não renunciarem aos princípios religiosos cristãos sofreram terríveis torturas; porém, elas foram inúteis contra os santos gêmeos, e, em 303, o Imperador decretou que fossem decapitados. Cosme e Damião foram martirizados no ano de 303, na Egéia. Seus restos mortais foram transportados para a cidade de Cira, na Síria, e depositados numa igreja a eles consagrada. No século VI uma parte das relíquias foi levada para Roma e depositada na igreja que adotou o nome dos santos. Outra parte dela foi guardada no altar-mor da igreja de São Miguel, em Munique, na Baviera. Os santos gêmeos são cultuados em toda a Europa, especialmente Itália, França, Espanha e Portugal. Em 1530, na cidade de Igaraçu, em Pernambuco, foi construída uma igreja em sua homenagem.
São Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos e farmacêuticos, e por causa da sua simplicidade e inocência também são invocados como protetores das crianças.
Como acontece com tantos outros santos, a vida dos santos gêmeos está mergulhada em lendas misturadas à história real. Segundo algumas fontes eles eram árabes e viveram na Silícia, às margens do Mediterrâneo, por volta do ano 283. Praticavam a medicina e curavam pessoas e animais, sem nunca cobrar nada.
O culto aos dois irmãos é muito antigo, havendo registros sobre eles desde o século 5, que relatam a existência, em certas igrejas, de um óleo santo, que lhes levava o nome, que tinha o poder de curar doenças e dar filhos às mulheres estéreis.
Aqui no Brasil, a devoção trazida pelos portugueses misturou-se com o culto aos orixás-meninos (Ibjis ou Erês) da tradição africana yoruba. São Cosme e São Damião, os santos mabaças ou gêmeos, são tão populares quanto Santo Antônio e São João. São amplamente festejados na Bahia e no Rio de Janeiro, onde sua festa ganha a rua e adentra aos barracões de candomblé e terreiros de umbanda, no dia 27. No dia 27 as crianças saem às ruas para pedir doces e esmolas em nome dos santos e, as famílias aproveitam para fazer um grande almoço, servindo a comida típica da data: o chamado caruru dos meninos.
Segundo a lenda africana, os orixás-crianças são filhos de Iemanjá, a rainha das águas e de Oxalá, o pai de toda a criação. Outras tradições atribuem a paternidade dos mabaças (gêmeos) a Xangô, tanto que a comida servida aos Ibejís ou Erês, chamados também carinhosamente de “crianças” é a mesma que é oferecida a Xangô, o senhor dos raios, o caruru. Uma característica marcante na Umbanda e no Candomblé em relação às representações de São Cosme e São Damião é que junto aos dois santos católicos aparece uma criancinha vestida igual a eles. Essa criança é chamada de Doúm ou Idowu, que personifica as crianças com idade de até sete (7) anos de idade, sendo ele o protetor das crianças nessa faixa de idade. Junto com o caruru são servidas também as comidas de cada orixá, e enquanto as crianças se deliciam com a iguaria sagrada, à sua volta, os adultos cantam cânticos sagrados (oríns) aos orixás. 

Fonte: http://www.uniafro.xpg.com.br/saocosmeedamiao.htm





quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Mensagem de Hoje!



Boa Tarde a Todos!

Atotô !!

Mês de agosto, vamos falar dele Obaluaê




Na Umbanda, o culto é feito a Omulu, que se desdobra com o nome de Obaluaê. Orixá originário do Daomé, Obaluaê também conhecido como Omulu, sua forma velha, detém o poder sobre a cura das doenças. É um Orixá sombrio, tido entre os iorubanos como severo e terrível caso não seja devidamente cultuado, porém Pai bondoso e fraternal para aqueles que se tornam merecedores, através de gestos humildes, honestos e leais.
Arquetipicamente, lega a seus filhos tendências ao masoquismo e à autopunição, um austéro código de conduta e possíveis problemas com os membros inferiores, em geral, ou pequenos outros defeotos físicos.
Ao Senhor da doença é relacionado um arquétipo psicológico derivado de uma postura na dança: se nela Obaluayê esconde dos espectadores suas chagas no rosto e na pele em geral, não deixa de mostrar, pelos sofrimentos implícitos na sua postura, a desgraça que o abate. No comportamento do dia a dia, tal tendência se revelaria através de um caráter masoquista, compondo aquele tipo de pessoas que costumam exagerar seus sofrimentos ao externá-los para outras pessoas.
Os filhos de Obaluaê se definem como pessoas que são incapazes de se sentir satisfeitas quando a vida lhes corre tranquila. Podem atingir situações materiais invejáveis e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imáginarios. Pessoas que em certos casos sentem-se capazes de se consagrar ao bem estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.
A marca mais forte de Obaluaê (Omulu) não é a exibição de seu sofrimento, mas o sofrimento em si. Ele se revelaria numa tendência autopunitiva muito forte, que pode tanto se revelar como grande capacidade de somatização de problemas psicológicos em forma de doenças físicas como elaboração  de rígidos conceitos de moral que afastam seus filhos no santo do dia a dia, das outras pessoas em geral e dos prazeres. Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si mesmo, uma vez que foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma punição. Como a palha cobre suas chagas e lhe empresta um caráter tenebroso, o filho desse Orixá ocultaria sua individualidade como uma máscara de austeridade e até certa aura de respeito e de imposição de certo medo aos outros. Entretanto, isto não ocorre, pois se apresentam humildes, simpáticos e caridosos. Assim é que na Umbanda este Orixá toma a personalidade da caridade na cura das doenças, sendo considerado o "Orixá da Saúde", Chefe da 3ª. Linha da Umbanda

Algumas lendas de Obaluaê

Por causa do feitiço usado por Nanã para engravidar, Omolu nasceu todo deformado. Desgostosa com o aspecto do filho, Nanã abandonou-o na beira da praia, para que o mar o levasse. Um grande caranguejo encontrou o bebê e atacou-o com as pinças, tirando pedaços da sua carne. Quando Omolu estava todo ferido e quase morrendo, Iemanjá saiu do mar e o encontrou. Penalizada, acomodou-o numa gruta e passou a cuidar dele, fazendo curativos com folhas de bananeira e alimentando-o com pipoca sem sal nem gordura até que o bebê se recuperou. Então Iemanjá criou-o como se fosse seu filho.


Omolu tinha o rosto muito deformado e a pele cheia de cicatrizes. Por isso, vivia sempre isolado, se escondendo de todos. Certo dia, houve uma festa de que todos os Orixás participavam, mas Ogum percebeu que o irmão não tinha vindo dançar. Quando lhe disseram que ele tinha vergonha de seu aspecto, Ogum foi ao mato, colheu palha e fez uma capa com que Omolu se cobriu da cabeça aos pés, tendo então coragem de se aproximar dos outros. Mas ainda não dançava, pois todos tinham nojo de tocá-lo. Apenas Iansã teve coragem; quando dançaram, a ventania levantou a palha e todos viram um rapaz bonito e sadio;e Oxum ficou morrendo de inveja da irmã.


Quando Obaluaê ficou rapaz, resolveu correr mundo para ganhar a vida. Partiu vestido com simplicidade e começou a procurar trabalho, mas nada conseguiu. Logo começou a passar fome, mas nem uma esmola lhe deram. Saindo da cidade, embrenhou-se na mata,onde se alimentava de ervas e caça, tendo por companhia um cão e as serpentes da terra. Ficou muito doente.Por fim, quando achava que ia morrer, Olorun curou as feridas que cobriam seu corpo. Agradecido, ele se dedicou à tarefa de viajar pelas aldeias para curar os enfermos e vencer as epidemias que castigaram todos que lhe negaram auxílio e abrigo.
.

Atotô !!!






 

domingo, 24 de julho de 2011

Tem Orixá na Musica

Fazendo uma pesquisa sobre Musica Popular brasielira, notei quantas musicas sobre orixás existe na midia atualmente, então vou postar aqui algumas delas


Carolos Budy - Casa de Guerreiro




Cordel do Fogo Encantado - Pedrinha



Carlinhos Brown




Clara Nunes - Guerreira


Débora Blando- Unicamente




Daniela Mercury - Milagres do Povo



Leci Brandão - Yemanja




Maria Bethania - Awô Iansã



Marisa Monte- Lenda das Sereias



Martinho da Vila - Festa de Umbanda

















Margareth Menezes e Matheus Aleluia- Cordeiro de Nanã/ Deixa gira rirar
















O Raphpa- Cristo e Oxalá
















Rita Ribeiro- Xangô o Vencedor
















Zeca Baleiro- Mamãe Oxum
















Zeca Pagodinho- Ogum


sábado, 23 de julho de 2011

Os Símbolos Sagrados Da Umbanda

quantas e quantas vezes ouvimos Raul Seixas cantar em "Eu nasci a 10 mil anos atrás", "... eu vi os símbolos sagrados da umbanda..." e nos perguntamos,  que símbolos são esses?!

O Ponto Riscado é utilizado nos trabalhos efetuados pelas entidades e também como identificador da mesma. A Pemba é um instrumento sagrado na Umbanda, pois nada se faz com segurança sem a grafia mágica do Ponto Riscado. Ao riscar seu ponto através do médium, a entidade estabelece o contato vibratório com as energias da Espiritualidade Superior.
A escrita mágica simbólica é tão antiga quanto a humanidade, e é um bem colocado à disposição da humanidade pelos Seres Espirituais Superiores, de que muitos tem se servido no decorrer dos séculos. Existem milhares de ondas vibratórias que formam telas infinitas, dasquais são retirados modelos de símbolos e signos mágicos que são riscados e ativados no plano material.
Os Guias Espirituais costumam trabalhar com espaços mágicos fechados ou circulares; assim, suas irradiações ficam contidas dentro do círculo e não interferem nos outros espaços mágicos riscados por outros guias dentro do mesmo espaço físico coletivo. Os Guias Espirituais de Umbanda, se servem de uma certa quantidade de símbolos e signos mágicos que aparentemente é limitada a algumas centenas apenas, pois pode-se encontrar em pontos riscados de diferentes entidades a reprodução de símbolos e signos idênticos.
O ponto riscado é, na verdade, o selo, o cartão de visitas, a identificação , o brasão e a bandeira da entidade. São verdadeiros códigos registrados e sediados ao mundo espiritual que identificam poderes, tipos de atividades, e os vínculos iniciáticos da falange. Quando traçados sem conhecimento, não projetam sua grafia luminosa e não passam de rabiscos. Ponto Riscado é magia, e, par se utilizar deles, é ncessário conhecimento.
Dependendo do trabalho a ser realizado ou cerimônia, pode-se utilizar tambem além do giz de pemba, a pólvora, oazeite, um ponteiro na areia ou até mesmo traçá-lo mentalmente, mas isso já requer muita prática.

SÍMBOLOS E SEUS SIGNIFICADOS NA MAGIA DA UMBANDA

Círculo – representa o Criados, o Universo, a Perfeição. È o símbolo da
eternidade.
Ponto – O Ser Supremo , a Origem.
Linha reta horizontal: o mundo material
Linha reta vertical : a alma humana em busca do retorno ao criador.
Duas linhas retas : o masculino e o feminino
Uma linha curva : a polaridade
Uma linha sinuosa: regeneração e vida
Dois traços curvos: as duas polaridades, positiva e negativa
Triângulo: Força Divina
Dois triângulos (estrela de 6 pontas) : todas as forças do Cosmo em equilíbrio
Quadrado : os quatro elementos: terra, fogo, agua e ar
Pentagrama: o Selo de Salomão: A Linha do Oriente, Oxalá, a Luz de Deus.
Tres estrelas representam as Almas e os Pretos Velhos.
Arco e Flecha: Força Espiritual, energia e potencia.
Espada: a alma em busca do criador, a luta, o trabalho, o guerreiro.
Coração: almas equilibradas, o amor.

A LEI DE PEMBA

A magia dos sinais na Umbanda possibilita seus próprios símbolos, que representam os Orixás, os Guias e Protetores, relacionados com os planetas, as forças elementares da Natureza e a Numerologia.
Essa grafia sagrada – os Pontos Riscados – identifica Guias e Protetores com seus nomes próprios, e representam tambem os canais energéticos mais sutis em nosso organismo material.
A Umbanda possui, portanto, seu conjunto de símbolos e sua grafia sagrada, denominada Lei de Pemba, e não precisa recorrer às simbologias de outras origens, podendo compor assim, seus próprios símbolos ou talismãs.
Na magia dos talismãs, o homem está relacionado ao Pentagrama, a estrela de cinco pontas que possui polaridade dupla: uma ponta ponta para cima (positivo) e a outra para baixo (negativa).
O pentagrama é um símbolo universal, representativo da raça humana –
é o ponto de junção entre o material e o imaterial.
Fonte: Matéria retirada da Revista Espírita de Umbanda ed. 6

Opinião sobre Filme

Hoje vou relatar a minha opinião sobre o filme  " As Mães de Chico Xavier".
Um filme brilhante, um dos mais emocionantes filmes sobre a vida e obra de Chico, um filme com roupagem simples, mas um filme emocionante.
O filme mostra a visão de 3 mães com  idades diferentes e com a unica coisa em comum "seus filhos".

Uma mãe sofre com os problemas e a perda do filho jovem para o vicio das drogas, a 2ª mãe com um filho de 6 anos, que tenta de todas as formas suprir a ausência do pai, e após sua morte tenta mostrar para o marido que seu filho ainda está vivo em outro lugar e por fim a 3ª mãe, que passa por uma gestação indesejada.
Além de mostrar relatos de mulheres que buscaram Chico para terem "paz" após a morte de seus filhos, o film nos ensina e nos mostra o uso do amor, compreensão e do perdão ao próximo e a si mesmo.

Uma dica de filme para o fim de semana

Nanã

Nanã é a mãe primeira de toda humanidade, conforme a lenda o homem após várias tentativas de usar diversos materiais, foi feito do barro (lodo primordial das matérias na crosta terrestre), e soprado a vida em suas narinas por oxalá, sendo que a única restrição de Nanã foi para quando este homem morresse a sua matéria seria devolvida aos seus domínios, sincretizada como Senhora Santana a avó de Jesus , dona daságuas paradas, das chuvas e dos pantanos,ela decanta em seus domínios toda as matérias impuras dos homens, preparando assim a limpeza do espírito para próxima reencarnação.Sincretizada a Santana, a avó de Jesus Cristo é um dos Orixás menos conhecidos e evocados na Umbanda. Nossos irmãos africanos explicam que Nanã é um Orixá feminino já avó.

Saluba Nanã

http://pt.wikipedia.org/wiki/Nan%C3%A3_na_Umbanda

segunda-feira, 4 de julho de 2011

DICIONARIO DA UMBANDA

A   

  Abaré:
 Médium já desenvolvido.

  Abaré-Guassu: Grande trabalho.

  Abaré-Mirim: Médium em início de desenvolvimento.

  Alguidar: Vasilha de barro onde se coloca comida votiva.

  Aldeia: Terreiro; Templo; É o conjunto de pessoas nele contida (caboclo).  

  Amassi ou Amaci:
 Líquido preparado de folhas sagradas, maceradas em água...  É destinado a 
  banhar a cabeça dos médiuns.  

  Amarrado: Estado do indivíduo atingido por vibrações maléficas, que prejudicam sua vida, seus
  negócios.

  Amuleto: Objeto com finalidade protetora (poder passivo), que se traz pendurado ao pescoço,
  consigo na roupa, guardado no bolso, na bolsa ou em casa.  Considera-se que tenha o poder de
  afastar os maus fluídos que trazem doenças, má sorte, morte, etc.  Pode ser medalha, figura,
  inscrição ou objetos, dentro de um saquinho ou qualquer objeto “preparado”, para defesa, de
  qualquer material: pedra, marfim, madeira, metal, pano, etc.
  Aparelho: Designa a pessoa que serve de suporte para a “descida” do orixá ou da entidade do médium. 

Aruanda: 
Céu; lugar onde mora os orixás e as entidades superiores.

Ajeum: Nome dado para as comidas votivas servidas dentro do terreiro.
 

 B   

Babá:
 Termo que entra em grande número de palavras, com diferentes significados.  No sentido de pai, compõe o nome de diferentes sacerdotes: Babalorixá; Babaojê; Babalaô; Babalossain; etc.  Chefe feminino nos templos de umbanda; títulos de Orixá nos candomblés.

Babalorixá: Chefe masculino de terreiro; Sacerdote de candomblé; ou de umbanda (a umbanda também o usa = Babalaô).  Denominado popularmente “pai-de-santo”, dirige tanto o corpo administrativo como o sacerdotal...  Orienta a vida espiritual da comunidade religiosa.

Baixar: possuir por parte do orixá ou entidade, o corpo de um filho ou filha de santo.

Banda: Lugar de origem de entidade.

Breve: Espécie de patuá; pequeno envelope de pano ou couro, contendo uma oração ou imagem de santo.  Usado como proteção.

Burro: Termo usado pelos exus incorporados para designar o médium.
 

 C   

Cabeça Maior
: Pessoa de alta hierarquia no templo.

Cabeça de Legião: Exus batizados e que controlam os mais atrasados.

Calunga Grande: Mar; oceano.

Calunga Pequena: Cemitério.

Capangueiro: Termo usado no sentido de companheiro.

Caricó: Templo, Terreiro.

Carregado: Pessoa que está com má vibrações espirituais, o que é demonstrado por mal-estar, medo sem causa, etc.

Caruruto: Charuto.

Casa das Almas: Pequeno cômodo com velas, cruzes.  Alguns templos colocam a imagem de Obaluaiê.

Casa Limpa: Templo livre de más influências e de demandas.

Catimbozeiro: Termo para chefe de catimbó...

Cavalo: Pessoa que serve de suporte para os orixás ou entidades.  É o médium.

Cera dos Três Reinos: 1: Carnaúba; 2: Abelha; 3: Parafina.  São empregadas para trabalhos de umbanda.  1: Reino Vegetal; 2: Reino Animal; 3 Reino Mineral.

Chefe de Cabeça: Entidade guia protetora do médium.  Chefe de Falange: entidade espiritual muito evoluída.  Já livre de reencarnação. Que serve como guia a um conjunto de espíritos também adiantados e vibrantes em uma mesma corrente espiritual.

Chefe de Terreiro: O mesmo que dirigente espiritual.

Chefe de Legião: Entidade de grande evolução espiritual, que “descem” nos terreiros representando orixás, dentro de suas linhas ou correntes vibratórias.

Choque de Retorno: Ação de voltarem as más vibrações de um feitiço. Atingindo quem o fez ou encomendou.

Coité: Fruto do coitezeiro – seco ou partido com o meio pintado por dentro e por fora (cuia).  Alguns usam coco, outros cabaça.

Compadre: Designação para Exu.

Consulta: Cerimônia dos clientes para resolver seus problemas.

Cazuá: Terreiro, Templo, Local.
 

 D  

Dar Firmeza ao Terreiro:
 Riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc.  São feitas antes de uma sessão, para afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais.

Dar Passagem: Ato do guia deixar o médium para que outra entidade nele se incorpore.

Dar passes: Através do médium incorporado, emitir vibrações que anulem as más influências sofridas pelos clientes, através de feitiço, olho gordo, inveja, etc.  E que abrem os caminhos.

Demanda: Desentendimento, lutas entre orixás ou entidades, entre terreiros, entre pessoas de um terreiro.

Descarga: Ação de afastar do corpo de alguém ou de um ambiente, vibrações negativas ou maléficas por meio de banhos, passes, defumação, queima ou pólvora.

Descarregar: Livrar alguém de vibrações maléficas ou negativas.

Descer: Ato da entidade incorporar.

Desencarnar: Ato do espírito da pessoa deixar o corpo – morrer.

Desenvolvimento: Aprendizado dos iniciados para melhoria de sua capacidade mediúnica; com a finalidade de incorporação de entidades.  Não cair no chão, controlar o transe, etc.

Despachar: Colocar, arriar em local determinado pelas entidades – guias, os restos de oferendas.

Despachar Exu: Enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas, cânticos e sacrifício animal), para impedir de perturbar a cerimônia.

Despacho: Oferenda feita a exu com a finalidade de enviá-lo como mensageiro aos orixás e de conseguir sua boa vontade, para que a cerimônia a ser feita, não seja perturbada... Oferenda a exu com finalidade de desfazer trabalhos maléficos.  Colocação no mato, nos rios, etc. das oferendas votivas trocadas no templo por outras novas.
 

 E 

Encarnação: Ato de vir um espírito à vida terrestre, tomando um corpo, ou voltar num corpo novo e continuar sua evolução espiritual.

Encosto: Espírito de pessoas mortas. Que se junta a uma pessoa viva, conscientemente ou não, prejudicando-a com suas vibrações negativas.

Encruza: Ritual realizado pelo dirigente espiritual antes do início das sessões e que consiste em traçar cruzes com pemba na testa, nunca no peito.

Encruza: Local onde habitam os exus; é o cruzamento dos caminhos, vias férreas, ruas, etc.

Engira: O mesmo que gira – trabalho – sessão.

Entidades: Seres espirituais na umbanda.

Escora: Pessoas que suporta os atabaques de espíritos obsessores sem ser prejudicados.

Espírito de Luz: Espírito muito desenvolvido, é superior, é puro.

Espírito sem Luz: Espírito inferior, pouco evoluído, apegado ainda à matéria.

Espíritos Obsessores: Espíritos sem nenhum desenvolvimento espiritual, que se apossam das pessoas, fazendo-as sentirem doentes, prejudicando-as em todos os sentidos.
 

 F   

Falange: O mesmo que legião, conjunto de seres espirituais que trabalham dentro de uma mesma corrente (linha).  Subdivisão das linhas de umbanda, cada uma com suas funções definidas e dirigidas por um “chefe” – espírito superior.

Fechar a Gira: Encerrar uma sessão ou uma cerimônia em que tenha havido formação de corrente vibratória.

Fechar a Tronqueira: Fechar o terreiro às más vibrações dos quiumbas, por meio de defumação e aspersão de aguardente nos quatro cantos do local onde se realizará o culto.

Feitiço: Irradiação de forças negativas, maléficas contra alguém, despacho, objeto que contém vibrações maléficas
para atingir a quem tocar.
(O
utra definição: Feitiço é você trabalhar em prol de um objetivo com elementos que alteram sua consciência e que te dão referências de que aquilo que você está fazendo vai dar certo. É claro que uma simples reza à luz de vela pode também ser considerada um feitiço. Não importa o que você usa, e sim como você usa o que você tem no momento. Objetos materiais são simples referências para dizer "estou fazendo um feitiço". Mas o que faz funcioná-lo é o modo como você trabalha a sua mente (é por isso que os grandes milagres na igreja acontecem. Orações e novenas, causam efeito porque a mente está em um trabalho contínuo em prol de um objetivo).  Ter fé no que você faz é manter um pensamento positivo a acreditar em seus potencias.Copyright © 2001 Aengus Mac ind Óg).

Filho de Fé: Designação do médium iniciante ou não.

Firmar: Concentrar-se para a incorporação.

Firmar Porteira: Riscar a entrada do templo, um ponto especial para protegê-lo de más influências ou fazer defumação na entrada, firmar = dar segurança.

Firmar Anjo da Guarda: Fortalecer por meio de rituais especiais e oferendas de comida votivas e orixá patrono do médium.

Firmar Ponto: Cantar coletivamente o ponto (cântico) determinado pela entidade que vai dirigir os trabalhos para conseguir uma concentração da corrente espiritual.

Firmeza: O mesmo que segurança, conjunto de objetos com força mística (axé); que enterrados no chão protegem um terreiro e constituem sua base espiritual.

Fluídos: Emanações positivas ou negativas, das forças cósmicas que podem ser manejadas por agentes espirituais para o bem ou para o mal.

Força Espiritual: Poderes e conhecimento que um médium tem quando em transe e quando as entidades que o protege têm. Grande poder, são fortes e importante no mundo astral.

Fundamentos: Leis de umbanda, suas crenças.

Fundanga: Pólvora.
 

 G  

Gira: Sessão religiosa, com cânticos e danças para cultuar as entidades espirituais.

Gira de Caboclo: Sessão religiosa, o mesmo que gira; só que voltada única e exclusivamente para a linha de caboclo.

Guia: Colar ritualístico especial para cada entidade.  Entidade espiritual, espírito superior.  Alguns são o guia protetor do templo, outros do médium.  Geralmente o guia do terreiro incorpora no dirigente espiritual do templo.

Guia de Cabeça: Orixá ou entidade principal do médium, seu protetor.

Guia de frente: O mesmo que guia de cabeça.
 

 H  

Homem das Encruzilhadas: Exu. 

Homem de Rua:
 Exu.
 

 I   

Incorporação: Transe, possessão mediúnica.

Incorporar: Entrar em transe “receber” a entidade.
 

 L  

Legião: Exercício de seres espirituais, o mesmo que falange.  Conjunto de seres espirituais de grande evolução, conjunto de espíritos elementares (exus) em evolução.

Lei da Umbanda: A crença da umbanda e seus rituais.

Linha: Faixa de vibração, dentro da corrente vibratória espiritual.  Um orixá também chamado protetor e que é chefe dos seres que vibram e atuam nessa faixa.  Conjunto de falanges e que se subdivide uma faixa vibratória. Conjunto de representações (corporal, dança, cores, símbolos) e rituais (comidas, bebidas, dia da semana), etc.; de cada orixá ou entidade.  Conjunto de cerimônias rituais de determinado tipo.  Ex. linha de umbanda, linha branca, etc.

Linha Branca: Ritual visando unicamente o bem.

Linha Cruzada: Ritual com influência de duas ou mais procedências.

Linha das Almas: Corrente vibratória que congrega os espíritos evoluídos de antigos escravos africanos.

Linha de Cura: Ritual que se ocupa mais com a cura física e espiritual do adepto, do que com o culto às divindades.

Linha do Oriente: Congrega espíritos que viveram em povos do oriente.
 

 M   

Macaia: Folhas sagradas.  Local das matas onde se reúnem os terreiros.

Macumba: Antigo instrumento musical usado outrora nos terreiros afro-brasileiros.  Nome que os leigos usam para denegrir a umbanda.  Nome que os leigos usam para designar “despacho” de rua (pejorativo).

Madrinha: O mesmo que dirigente espiritual, Mãe de Santo, Babá sacerdotisa.  Termo utilizado na Umbanda para designar à Entidade Espiritual e/ou Médium que foi escolhido por um Filho de Fé para batizá-lo.

Mandinga: Feitiço, encantamento, também praga rogada em voz alta.

Manifestação: Incorporação, transe mediúnico.

Manifestar: Ato do ser espiritual incorporar-se em alguém, tomar conta do corpo de alguém.

Marafo: Aguardente, termo muito usado pelos exus.

Matéria: Corpo, Parte material do homem, a mais afastada da pureza espiritual.

Médium: Pessoa que tem a Faculdade Especial de servir de intermediário entre o mundo físico e espiritual.  Termo do espiritismo, adotado pela umbanda.

Mesa Branca: Denominação dada as sessões de espiritismo Kardecistas.

Mironga: Segredo, mistério.
 

 O  

Orixá Cruzado: Entidade pertencente à duas linhas.

Orixá de Cabeça: Orixá principal do médium.

Orixá de Frente: O mesmo que orixá de cabeça.
 

 P 

Padrinho: dirigente espiritual, chefe de terreiro.  Pai de Santo. Babalorixá.  Termo utilizado na Umbanda para designar à Entidade Espiritual e/ou Médium que foi escolhido por um Filho de Fé para batizá-lo.
  
Parati: Aguardente (Exu).

Patuá: Amuleto que se leva pendurado ao pescoço ou pregado na roupa.  Antigamente eram saquinhos de couro ou de pano, com boca amarrada com cordão metálico, junto a uma conta de vidro da cor da divindade protetora.  Atualmente são de forma quadrada ou retangular, em couro natural ou sintético, mas cores rituais, contendo Figas de Guiné, Búzio, Estrela de Salomão, etc; ou pedaços de ervas as vezes orações.  PA =erradicar doenças, antídoto, TU = propiciar, WA = viver, existir (viver, sem doenças).

Perna de Calça: Significado homem na linguagem de exu e pretos velhos.

Pito: Cachimbo (pretos-velhos).

Ponteiro: Pequeno punhal utilizado em magias e diversos rituais.

Ponto Cantado: Letra e melodia de cântico sagrado, diferente para cada entidade.  É uma prece evocativa cantada que tem por finalidade atrair as entidades espirituais, homenageá-las.  Quando chegam e despedi-las quando devem partir.  Assim os pontos podem ser apenas de louvor ou cantados com finalidades rituais durante determinadas cerimônias.

Ponto de Abertura: Cântico de abertura de uma sessão.

Ponto de Chamada: Cântico que invoca as entidades para virem aos templos.

Ponto de Defumação: Cantado enquanto é feita a defumação do ambiente e dos presentes.

Ponto Riscado: Desenho formado por um conjunto de sinais cabalísticos, que riscado com pemba ajuda a chamar a entidade ao mundo terreno. Quando riscado pelo médium incorporado identifica a entidade.
Porteira: Entrada do templo.

Povo da Encruza: Exus.

Povo de Rua: Exus.

Preceito: Determinação. Prescrição feita para ser cumprida pelos fiéis.

Puxar o Ponto: Iniciar um cântico. É geralmente feito por um ogã.
 

 Q   

Quartinha: Vasilha de barro. Com alças é para feminino, sem abas orixá masculino.

Quebrar as Forças: Neutralizar o poder de qualquer feitiço, seja para o bem ou para o mal.

Quimbanda: A Quimbanda, influenciada mais diretamente pelos negros Bantus, Angolas, Cambindas, Benguelas, Congos, Moçambiques, etc. Cultua os mesmos orixás e entidades que a umbanda “branca” mas trabalha principalmente com exus que são considerados espíritos desencarnados. Havendo entre eles os exus em evolução e os quiumbas, mediante encomenda, realizam ou desmancham feitiços.  Visando favorecer ou prejudicar determinadas pessoas, geralmente os terreiros de quimbanda chamada macumba para os leigos tem as mesmas características dos da linha de umbanda.  Há congas com imagens de santos católicos representativos de orixás, imagens de caboclos e de pretos velhos tendo os exus (ou o exu chefe do terreiro) altar à parte, dentro do salão.  As giras de exu são freqüentes na linha da umbanda  são raras.  Realizadas a partir da meia noite de 6a. feira.  Exus e pombas giras danças, fumam charutos ou cigarrilhas, bebem marafo, dizem  gentilezas ou palavrões aos assistentes e dão consultas, sobre saúde ou problemas pessoais.  A cortina do conga fica fechada.  A quimbanda cultua muito Omolu, orixá ligado a terra e à morte.  No cemitério é feita uma parte da iniciação de muitos quimbandeiros, devendo o iniciado, deitar algumas  horas sobre um túmulo entre velas e cantigas do dirigente e iniciados do terreiro, tendo de cumprir antes e depois diversas obrigações, as roupas em geral são as mesmas da linha da umbanda, havendo porém muito uso do vermelho e preto, cores de Exu e de Omolu.  São muitos usados em trabalho com pólvora, pós e ervas  mágicas, galos e galinhas pretas.  Os despachos são colocados em encruzilhadas em cruz (machos), ou em T (fêmea) com velas, flores e fitas vermelhas em alguidares.  Não sendo negativos todos os despachos de rua.   Há caboclos e pretos velhos que incorporam na quimbanda, dando consultas em giras separadas dos Exus.

Quiumbas: Espíritos atrasadíssimos. São obsessores apossam-se dos humanos ou “encostam-se” neles, dando-lhes idéias obsedantes de doença, males suicídios, etc.  São ainda mistificadores, fazendo-se passar por espíritos mais elevados. Chamados também “rabos de encruza”, estão no sétimo e último plano da hierarquia espiritual sendo vigiados e controlados pelos exus.
 

 R 

Rabo de Saia: Mulher na linguagem dos pretos velhos e exus. Receber: Dar informação a entidade espiritual, entrar em transe.

Receber Irradiação do Guia: Entrar em meio transe ou comunicar-se de algum modo com uma entidade superior.

Riscar Ponto: Fazer desenhos de sinais cabalísticos que representam determinadas entidades espirituais e que possuem poderes de chamamento das mesmas ou lhe servem de identificação.
 

 S   

Sacatrapo:
 Charuto.

Sessão de Umbanda: Cerimônia, rituais geralmente com a finalidade de cura física e espiritual.  Por meio de guias, após dança e toques, com o uso do ponto cantado e riscado, pólvora, aguardente, defumações.  Também sessão de desenvolvimento, de aprendizado e aperfeiçoamento dos médiuns, sessões festivas, públicas, com toque de atabaque e danças.
 

 T 

Tomar Passe: Receber das Mãos dos médiuns em transe vibrações da entidade, as quais retiram do corpo da pessoa os males provocados por vibrações negativas, provenientes de mau olhado, encosto, castigo das entidades, etc. 

Tuia: Pólvora.
 

De volta!

Oi gente, depois de um tempo sem postar nada, estamos de volta!!
curtam o frio....e boa noite!

domingo, 5 de junho de 2011

Xangô

Xangô, orixá da justiça, seu campo preferencial de atuação são as areas que necessitam da aplicação da justiça divina para se resolverem; seu fogo divino consome tudo e a todos que desvirtuam e deterioram a justiça da Terra e dos Céus pedir a Xangô algo que necessita sera atendido caso mereça e seja realmente justo e necessário.
Pai Xangô também é sincretizado como Pai Jeronimo,São João Batista e São José e São Judas Tadeu.
Vale lembrar que todos esses sincretizados, foram missões espirituais que pela força de Xangô cumpriram missões divina em seu nome,Xangô é o Elo de Deus que representa a Justiça Divina
.



Lenda de Xangô


Xangô era rei de Oió, o mais temido e respeitado de todos os reis. Mesmo assim, um dia seu reino foi atacado por uma grande quantidade de guerreiros que invadiram a cidade violentamente, destruindo tudo e matando soldados e moradores numa tremenda fúria assassina. Xangô reagiu e lutou bravamente durante semanas. Um dia, porém, percebeu que a guerra tornara-se um caminho sem volta. Já havia perdido muitos soldados e a única saída seria entregar sua coroa aos inimigos. Resolveu então procurar por Orunmilá e pedir-lhe um conselho para evitar a derrota quase certa. O adivinho mandou que ele subisse uma pedreira e lá aguardasse, pois receberia do céu a iluminação do que deveria ser feito. Xangô subiu e quando estava no ponto mais alto do terreno foi tomado de extrema fúria. Pegando seu oxê, machado de duas lâminas, começou a quebrar as pedras com grande violência. Estas ao serem quebradas, lançavam raios tão fortes que em instantes transformaram-se em enormes línguas de fogo que, espalhando-se pela cidade, mataram uma grande quantidade de guerreiros inimigos. Os que restaram, apavorados, procuraram os soldados de Xangô e renderam-se imediatamente pedindo clemência. Levados até ao rei, os presos elegeram um emissário para servir-lhes de porta voz. O homem escolhido foi logo se atirando aos pés de Xangô. Desculpou-se pedindo perdão. Humilhando-se, explicou que lutavam, não por vontade própria, e sim forçados por um monarca, vizinho de Oió, que tinha um grande ódio de Xangô e os martirizava impiedosamente. Xangô, altamente perspicaz, enxergou nos olhos do guerreiro que ele falava a verdade e perdoou a todos, aceitando-os como súditos de seu reino. Assim tornou-se conhecido como o orixá justiceiro que perdoa quando defrontado com a verdade, mas que queima com seus raios os mentirosos e delinqüentes.



Oração a Xangô: Proteção de Xangô
Senhor meu Pai,o infinito é tua grande morada no espaço, teu ponto de energia é nas pedras das cachoeiras.Com tua justiça fizeste uma construção digna de rei.Meu Pai Xangô, tu que és defensor da justiça de Deus e dos homens, dos vivos e dos além da morte,tu,com tua machadinha de ouro,defende-me das injustiças,acobertando-me das mazelas,das dividas,dos perseguidores mal-intencionados.Protege-me meu gloriosos São Judas Tadeu, Pai Xangô na Umbanda.Sê sempre justiceiro nos caminhos em que eu venha a passar.Com a força desta prece,sempre contigo estarei,me livrando do desespero e da dor,dos inimigos e dos invjosos,dos individuos de maú carater e dos falsos amigos
xango
Kâo Kabecilie

terça-feira, 31 de maio de 2011

Exu

Exu na umbanda

Na umbanda não se manifesta o próprio orixá, por meio da incorporação,no Rio grande do Sul o culto de "Nações Africanas" o Exú (orixá) é chamado de Bará,para não ser confundido com o Exú entidade de Umbanda, que são seus mensageiros ou falangeiros, espíritos que vêm em terra para orientar e ajudar. Quando incorporam, se caracterizam alguns com capas, cartolasbengalas (masculinos), e saias rodadas,brincospulseirasperfumesrosas (femininos, também chamados de Pombo-giras). Mas não necessariamente os médiuns se utilizam destas vestimentas para a incorporação. Cada terreiro trabalha de uma forma diferente, alguns centros uniformizam a roupa dos médiuns, onde todos vestem branco. Os exus quando incorporados, se materializam num corpo magro e seco.
                           Quem é EXU?


Ele é o guardião dos caminhos, soldado dos Pretos-velhos e Caboclos, emissário entre os homens e os Orixás, lutador contra o mau, sempre de frente, sem medo, sem mandar recado.
Exu não faz mau a ninguém, mas joga para cima de quem merece, quem realmente é mau o mau que essa pessoa fez a outra. Ele devolve, as vezes com até mais força, os trabalhos que alguns fizeram contra outros. Por isso, algumas pessoas consideram esse Orixá malvado.
Existem entidades que se dizem Exu e que fazem somente o mau em troca de presentes aos seus médiuns ou por grandes e custosas obrigações, serviços. Não se engane, Exu que é Exu, não faz mau, a não ser com quem merece e além disso, quando ajuda a uma pessoa não pede nada em troca, a não ser que a pessoa tome juízo, se comporte bem na vida, acredite em Deus e tenha fé.
Exu, O Guia.
Existem dois portadores do nome Exu. Um é o Orixá Exu. O outro, são os Guias chamados de Exu (espíritos, muitos, não mais reencarnacionais) que vêm na emanação principal de Exu (O Orixá) que lhes deu suas características, seus gostos, seus hábitos. Porém, esses Exus, também são subordinados a um Orixá regente, que pode ser Omulu, Xangô, Oxossí, ...
Correntes antigas, Esotéricas, montaram uma hierarquia para os Exus (Guias), relacionando 7 (sete) Exus (Guias) principais, considerados como os 7 (sete) chefes de Legião, que comandam e coordenam outros Exus (Falanges), sendo que cada um de seus comandados também comandam mais 7 (sete), seguindo uma ordem hierárquica de cima para baixo de 7 (sete) em 7 (sete).
São eles os 7 (sete) Exus guardiões ou principais:
  • Sr. Sete Encruzilhadas;
  • Sr. Marabô;
  • Sr. Tranca Ruas;
  • Sr. Tiriri;
  • Sr. Gira Mundo;
  • Sr. Veludo;
  • Sra. Pomba Gira.
Cada um desses amigos trabalha dentro das 7 (sete) linhas da UMBANDA, lutando contra o mal e ajudando as pessoas.

                                          Pombas Giras
A Pomba-Gira é uma entidade espiritual de psiquismo feminino, pertencente, tanto às linhas da Umbanda como da Quimbanda. É um exu mulher. Era invocada na Idade Média com o nome de Klepoth, como também é conhecida no Ocultismo. Diz ela ser mulher de 7 exus. Trabalha na esquerda, devido à sua situação espiritual. Sendo feminina, é muito vaidosa, vingativa, interesseira, maliciosa, inteligente e sensualíssima, gosta de fazer mexericos, intrigas, seduzir moças e mulheres à pratica de atos contrários à ética e à moral, colocando-se no mau caminho, principalmente se elas são médiuns e não querem trabalhar ou desenvolver-se.
Gosta de champanhe, seu curiador (bebida) preferido, mas bebe também licores, whisky com soda e fuma cigarros bons ou cigarrilhas. Recebe seus presentes nas encruzilhadas em forma de “T”. Sua cor é o vermelho vivo, tanto nas velas como nas roupas e guias (colares). Adora rosas vermelhas, cor de sangue, roupas elegantes, jóias e perfumes caríssimos. A Pomba-Gira comanda 7 falanges compostas de 7 legiões de exus mulheres, cada uma das quais toma diversas identificações: Maria Padilha, Maria Molambo, Sete Saias, Sedutora, Pomba-Gira Menina, da Praia, das Almas, das Matas, etc. Não se deve confundir a Pomba-Gira da Umbanda e a da Quimbanda com a “Bombogiro” dos cultos de nações africanos. A da Umbanda é um espírito de mulher desencarnado e a dos cultos africanos é uma mensageira dos deuses, como os exus, mas de índole feminina. Não se deve também invocá-la para prejudicar alguém, instigando-lhe o instinto ainda condicionado a atividades inferiores. Satisfazendo-lhe a vaidade e pedido ela trabalha para o bem, beneficiando, assim, tanto quem pede como a ela que serve apenas de instrumento. As da Umbanda só trabalham para o bem.
Há quem pense que as Pombas-Giras, por darem gargalhadas quando incorporadas, são felizes. Isso não é verdade ou, pelo menos, não reflete a realidade. A gargalhada é uma manifestação emocional característica da linha de Esquerda, assim como o “Kiô” pertence à Linha de Caboclos
 
Há muitas pessoas que as associam com prostitutas, ou simplesmente, mulheres que gostam de se expor aos homens e sedentas por sexo. As dis­torções e preconceitos são características dos seres humanos quando eles não entendem corretamente algo, querendo trazer ou materializar conceitos abstratos, distorcendo-os. Essas nossas irmãs em Deus nada mais são que espíritos desencarnados, que como os Exus, viveram na Terra e hoje, por afinidade fluídica, militam como ma­is uma corrente de trabalho protetora dentro da Umbanda.
Não temos culpa se certos “médiuns” medíocres dão passividade para quiumbas ou mesmo fingem uma incorporação de uma Pomba Gira, para serem aceitos e terem suas opiniões e mesmo trejeitos aceitos pela comunidade religiosa. Com certeza, exteriorizam somente aquilo que suas mentes doentias acham ser certo.
Dentro da hierarquia das Pombas Gira, estão divididas em níveis diversas outras Pombas Gira, da mesma forma que as demais legiões. É claro que em alguns casos podem ocorrer que uma delas em alguma encarna­ção tivesse passado pela experiência dolorosa de ser uma prostituta, mas, isso não significa que todas as Pom­ba Gira tenham sido prostitutas e que assim agem. As que foram, hoje estão integradas na Umbanda, a fim de realizarem a grande reforma íntima através da caridade e do me­diu­nismo redentor.
Não se torna uma Pomba Gira pelo simples fato de se ter errado perante as Leis Divinas. Afinal, quem nunca errou na vida? Ser uma Pomba Gira exige preparo, conhecimento, magia, discernimento e muito amor. É mais uma corrente de trabalho espiritual na Umbanda, onde espíritos seletos atuam na faixa vibratória que mais se afinizam.
As Pomba Giras não são a representação da sexualidade e nem da sensualidade, mas sim freiam os des­vios sexuais dos seres humanos e direcionam essas energias para a construção da espiritualização, evitando a destruição espiritual e material de cada ser.
A sensualidade desenfreada destrói o homem: a volúpia. Este vício moral é alimentado pelos encarnados e desencarnados pela invigilância das Leis de Deus, criando um ciclo inin­terrupto, caso as Pomba Giras não atuem neste campo emocional, freiando-o e redirecionando-o.
As Pomba Giras são gran­des magas e conhecedoras das fra­quezas humanas. São executa­do­ras da Lei.
Cabe às elas esgotar os vícios ligados ao sexo, equilibrando o ser humano.
Gostaríamos de salientar que as Pomba Giras não são *Exus fêmeas como dizem muitas das literaturas encontradas, mas sim, é mais uma das hierarquias de Deus; regidas pelo Poder Reinante do Desejo do Divino Criador.
O que acontece é que para tudo no universo funcionar à necessidade de polarização, ou seja, existirem os pólos positivos e negativos para se completarem e tudo funcionar. O Exú e a Pomba Gira se polarizam, pois se o Exú é o fator vitalidade, fertilidade e princípio da vida, a Pomba Gira é o fator desejo e estímulo. O fator “Desejo” não significa somente o desejo do sexo, mas sim tudo que se relaciona com a nossa vontade de obter. Exemplo: desejo de comer uma maçã, de tomar um café, de ler um bom livro, de viver, de lutar pela vida, de se curar, de casar, de se tornar mãe, etc. Se estamos desejando algo, conseqüentemente estaremos sendo irradiados pelo poder maior de Deus; o seu desejo. Portanto o desejo é fundamental em nossas vidas e sem ele seríamos apáticos em todos os sentidos. O Criador gerou o desejo como uma das suas qualidades ou fatores, pois sem vibrarmos os desejos nada desejaríamos e nos tornaremos além de apáticos, desinteressados e paralisados.
Os fatores vigor, fertilida­de e princípio da vida (Exu) e desejo, estímulo (Pomba Giras) se completam, se polarizam crian­do nos seres as condições ideais que os ativará em todos os sentidos e os in­duzirá a assumir com vigor e paixão tu­do que almejam. A Pomba Gira é um ser cuja presença desperta o de­sejo e o estímulo.
Talvez seja o fator irradiado por ela que muitas pessoas a confundiram com uma prostituta, pois confundiram ser ela somente o desejo da carne, excluindo todos os desejos da vida.
Tudo que se refere ao estudo sobre os Exus vale também para as Pombas Gira, ou seja, elas se manifestam na Umbanda através de espíritos incorporados as suas hierarquias. Elas são elementos mágicos ativados através de oferen­das e elementos reli­giosos quando ativa­dos num Templo. Tam­bém são agentes da Lei de Deus que po­dem ser ativadas pela Lei Maior. Os Exus vitalizam/desvitalizam, as Pomba Giras esgotam o emocional ou despertam o de­sejo.
Exemplo: A Mãe Oxum irradia o amor em todos os sentidos da vida e a Pomba Gira irradia o desejo de amar. Desta forma está completa a manifestação agregadora do amor dando-lhe fluidez e expansão, pois amar algo e sentir desejo de amá-lo apegando-nos a este “algo” amado, que pode ser uma hierarquia superior, religião ou pessoa, é amor; agora para que esse amor se complete, à necessidade do desejo de se amar esse algo. Quando existe excesso de amor e desejo e esse se torna uma viciação, ai sim a Pomba Gira esgota o emocional do ser, apaziguando-o para que retorne ao caminho justo do seu equilíbrio.

Seu jeito e seu trabalho.
Exu gosta de rir, brincar com as pessoas, dizer alguns palavrões, nem todos fazem isso, ser franco e direto, não faz rodeios nem mente. Gosta de beber e fumar, ao contrário do que muitos pensam a bebida e o fumo são peças de aproximação, fazendo com que as pessoas se identifiquem, fiquem mais descontraídas como se estivessem em uma festa. Caso não tenha bebida, ou fuma, ele trabalha do mesmo jeito, porque sua finalidade e ajudar àqueles que precisam.
Alguns Exus foram pessoas como: Políticos, Médicos, Advogados, Trabalhadores, Vadios, Prostitutas, Pessoas comuns, Padres, etc. Que cometeram alguma falha e escolheram, ou foram escolhidos, a vir nessa forma para redimir seus erros passados, outros, são espíritos evoluídos que escolheram ajudar e continuar sua evolução atendendo e orientando as pessoas e combatendo o mal. Assim, quem diz que os Exus são Demônios, na concepção de que são ruins, ou espíritos sem luz, baixos, não sabe o que está dizendo, ou não conhecem a história de cada Exu, os porquês de sua ritualística, seu modo de trabalho ou sua missão. Não se julga um livro por sua capa ou a pessoa pela sua aparência!
Em seus trabalhos Exu corta demandas, desfaz trabalhos e feitiços e magia negra, feitos por espíritos malignos. Ajudam nos descarregos retirando os encostos e espíritos obsessores e os encaminhando para luz ou para que possam cumprir suas penas em outros lugares do astral inferior.
Seu dia é a Segunda-feira, sua bebida, cada um tem a sua, sua roupa, quando lhe é permitido tem cores preta e vermelha. Não aceita sacrifícios de animais, mas se a pessoa quiser acender uma vela (preta e vermelha) na encruza, colocar charutos ou cigarros, cachaça ou outra bebida de agrado é bem vindo. Pode-se colocar, também, rosas para as pomba giras com champanhe, pois elas gostam.
Assim é Exu.
As Vezes temido, as vezes amado, mas sempre alegre, honesto e combatente da maldade no mundo.
A Lenda
Conta a lenda que houve uma demanda entre Exú e Oxalá para que pudesse saberquem era o mais forte e respeitado, e foi aí que Oxalá provou a sua superioridade pois, durante o combate, Oxalá apoderou-se da cabaça de Exú a qual continha o seu poder mágico transformando-o assim em seu servo. 

Oxalá então permitiria que Exú a partir de então recebesse todas as oferendas e sacrifícios em primeiro lugar. A Importância de Exú é
fundamental, uma vez que ele possui o privilégio de receber todas as oferendas e obrigações em primeiro lugar, nenhuma obrigação deve ser feita sem primeiro saudar a Exú. 

É o dono de todas as encruzilhadas e caminhos, é o homem da rua, quem guarda a porta e o portão de nossas casas, quem tranca, destranca e movimenta os mercados, os negócios, etc. Exú também nos confirma tudo no jogo de IFÁ (Búzios).

É Mojiba

É mojibá, seu Exu Rei, é mojibá
É mojibá, seu Exu Rei, é mojibá
Seu Tranca Rua na Kimbanda é mojibá
É mojibá, Seu Tranca Rua, é mojibá
É mojibá, Seu Tranca Rua, é mojibá
Sete Tronqueira na magia é Mojibá
É mojibá, Sete Tronqueira, é mojibá
É mojibá, Sete Tronqueira, é mojibá
E a Pomba Gira na defesa é mojibá
É mojibá, Pomba Gira, é mojibá
É mojibá, Pomba Gira, é mojibá
Exu Veludo no inferno é mojibá
É mojibá, Exu Veludo, é mojibá
É mojibá, Exu Veludo, é mojibá
Seu Vira Mundo na virada é mojibá
É mojibá, Seu Vira Mundo, é mojibá
É mojibá, Seu Vira Mundo, é mojibá
Sete Porteira no retorno é mojibá
É mojibá, Sete Porteira, é mojibá
É mojibá, Sete Porteira, é mojibá
Cangaruçu na Macaia é mojibá
É mojibá, Cangaruçu, é mojibá
É mojibá, Cangaruçu, é mojibá
Seu Tiriri la no retorno é mojibá
É mojibá, Seu Tiriri, é mojibá
É mojibá, Seu Tiriri, é mojibá
É mojibá Seu Marabô é mojibá
É mojibá, Seu Marabô, é mojibá
É mojibá, Seu Marabô, é mojibá
E o Exu Mangueira na virada é mojibá
É mojibá, Exu Mangueira, é mojibá
É mojibá, Exu Mangueira, é mojibá
Seu Sete Encruza na virada é mojibá
É mojibá, Sete Encruza, é mojibá
É mojibá, Sete Encruza, é mojibá